Ser ator é de uma maravilha sem tamanho porque devolve-me em dobro o desejo que recorrentemente guardo comigo de virar monge, de galgar o cume rarefeito do Tibete e por lá ficar, sereno, para todo o sempre. Ser ator é conviver com essa paradoxal equação: quanto mais se gasta o verbo, mais vontade há de silenciá-lo.
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