terça-feira, 1 de setembro de 2015

Penso naquelas profissões que distribuem tristezas e alegrias em doses homeopáticas até o instante em que o tempo esgote tantas temporadas de risos e prantos. E penso agora no ofício do ator, que a cada santa noite, após o apagar das luzes, faz drenar todas as energias até a última gota de suor. O ator sai de cena desejando aposentar-se imediatamente. Nunca mais existir depois de tanta existência concentrada. E é essa enxurrada de tantos anos em poucas horas, um viver à vista e nunca em prestações, o que precisamente lhe confere uma dignidade única.



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