Sabe qual a razão mais latejante que me fez optar por ser ator de teatro? A chance preciosa de poder mandar o mundo lamber sabão. E se o mundo incomoda-se em lamber um delicioso sabão de pedra (há que ser um sabão de pedra!), - maravilha absoluta! - tanto justifica a minha opção por fazer o que eu faço. Aliás, pensando melhor, veja que função social importantíssima a que eu me encarrego: esticar a língua do mundo e fazê-la lamber um belo de um sabão de pedra. Começo a suspeitar de que eu mereço uma estátua de bronze polido do meu busto lá na Praça da Sé.
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