sexta-feira, 1 de abril de 2016

Tudo o que faço para tentar ser um bom ator em nada tem a ver com 'ser' um ator. Acho de uma imbecilidade colossal escolher especializar-se como ator (seja lá o que esse termo 'especialização' possa vir a significar). Aliás, arrisco a dizer que sou infinitamente grato a minha formação acadêmica de ator justamente porque convenceram-me a não ser ator nenhum durante os quatro anos em que lá estive me esforçando para sair de lá um 'bom' ator. Hoje, por exemplo, fritei um ovo para o café da manhã. Reúno a mais profunda convicção de que esse frugal processo de fritar um ovo, se levado a sério, substitui plenamente a leitura de tudo quanto o velho stanislavski escreveu. E, ainda por cima, você tem a vantagem de poder comê-lo depois de estudá-lo... digo, o ovo! Comer o ovo! Nunca o teatrólogo russo (indigestão na certa).


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