domingo, 11 de outubro de 2015

Quando é preciso olhar para quem somos reproduzindo exatamente quem somos, incapazes de esquecermos desse que somos para poder sonhar infinitos 'eus' impossíveis  a nós, é porque ainda estamos engatinhando no terreno da poesia, seja ela afinada a qual plataforma de expressão for. E o mais interessante: esse espelho denunciatório é quase sempre capenga, não revela nada a mais do que já se sabia. Alguém haverá de lembrar uma coisa importantíssima no que se refere à prática de se contar histórias: se não houver um temperinho que seja de faz-de-conta, um voluminho aumentado  para além da moldura cru dos dias, enfim, esquecer completamente do famoso 'era uma vez' é solapar até a morte aquilo que mais deveríamos dar conta de preservar: a imaginação. A crítica social é matéria de interesse dos tabloides. Fazer sonhar, isso sim, é matéria nossa.



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