quarta-feira, 23 de julho de 2014

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Com todo o respeito à capa da Ilustrada de hoje, mas vou levar para a tumba a convicção de que teatro é MISTÉRIO, e que o público não é parceiro de nada até o instante em que as cortinas se abrem (teatro tem que ter cortinas! Se forem de veludo-vermelho com franjas na ponta, ainda melhor!). Compartilhar processos de trabalho com a plateia, chamar o fulaninho da esquina para fazer 'uma ponta', agregar cartas da Dona Lúcia à dramaturgia, abrir toda a caixa preta para a rua...?!?! Me soa quase como programa de governo, de inclusão social, um 'bolsa-não-sei-o-quê'. E a suposição é mais do que justa: nasci no século errado! Em matéria de arte (e de tudo o que nos compete) sou adepto da hierarquia dos papéis: ator é ator, público é público, dramaturgo é dramaturgo. E, sobretudo, do MISTÉRIO! REVELAR-SE, NO PALCO, É MINGUAR TODA E QUALQUER POESIA!


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