quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Acho o aspecto emocional uma ferramenta poética importantíssima para o ator... justamente porque ela não serve para coisíssima nenhuma quando ele é ator. Não é uma maravilha ter uma coisa e saber que ela não serve para coisíssima nenhuma no exercício do seu ofício? É como se o tenista tirasse da sua mochila uma raquete de tênis e um macaco hidráulico desses de trocar pneu de carro. O tenista guarda de volta o macaco hidráulico e fica com a raquete de tênis. O que não serve justamente tem serventia para escolher o que deve servir. Eu acho uma pérola da descoberta saber disso. Por isso que eu guardo comigo a sete chaves todas as minhas lamúrias sentimentais, porque sei que se elas resolverem se dar ao luxo de sair por aí para dar uma volta, quem empobrece sou eu, ou o ator que imagino que sou.


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