terça-feira, 15 de março de 2016

Tive a chance de pegar em minhas mãos um violino francês que data de 1820, quando ainda estávamos nós aqui batendo tambor acústico e dançando a ciranda-cirandinha diante do Pátio do Colégio... Essa é a diferença entre nós, atores, e os músicos. Enquanto os primeiros padecem de sumiços definitivos e eternos, os segundos - sortudos! -, tem seu legado garantido pela história: se o destino do músico é virar pó tal qual a dignidade carcomida do ator, ao menos o instrumento ganha o passe livre dos tempos. O que já é muito! Imagine se fosse possível dar as mãos ao Lawrence Olivier e ir para o teatro trabalhar?! Ah, que miséria! O que nos cabe é ter a Susana Vieira como ícone do movimento de moralidade do país.

Se eu pudesse nascer de novo, já sairia da barriga de mamãe beliscando uma corda de berimbau... e dane-se o 'ser ou não ser, eis a questão!'



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