terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Amo a máxima de quem despeja uma tonelada de gente com DRTÊ no mercado sob o argumento de que 'o teatro naturalmente seleciona quem é do teatro'. U-hum, também acho. Enquanto formamos um contingente de espectadores tapados: um tapado debaixo do refletor só pode produzir tapados silenciosos na plateia (assim como tapados-dramaturgos, tapados-diretores, tapados-de-tudo-quanto-é-espécie-de-tapados), lavamos as mãos deliberadamente de qualquer responsabilidade ética que possa haver no fato de existir publicamente diante do outro. Em outros termos, usamos o teatro para não perder clientela. Os tapados vão ficando pelo caminho, dirão os defensores da enxurrada de DRTÊ. U-hum. Prefiro ficar ao lado da Fernandona Montenegro quando ela diz: SAIA DA FRENTE! Não me vá empatar o meio de campo com as suas demandas pessoais de autoafirmação... Corretíssima. Se a desculpa é o bendito DRTÊ, melhor eliminar de vez esse carimbo que não significa absolutamente nada, já que a educação - a formação do artista - é preterida em função da necessidade minha ($$$) de empurrar o fulano para ver se o palco o aceita ou não. U-hum. Sabem por que o Bolsonaro está no poder, por que verdade e mentira são a mesma e única coisa, por que a complacência tomou a todos de sopetão? Porque tanto faz, tanto fez... Eu estou aqui para garantir o que diz respeito a mim, o impacto que isso terá no outro já não é mais problema que me abale, ou, resumindo, o teatro - o Grande Teatro do Mundo - que se vire!
Da próxima vez que for a um neurologista, deixe ele abrir o seu crânio. A depender se você sairá vivo ou não, a medicina irá naturalmente separar o verdadeiro do falso médico.


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