sábado, 27 de maio de 2017

Acho que, no fundo, Gordon Craig estava certíssimo: o erro está em atribuir ao ator essa alcunha de artista. Acho que não estamos e nunca estivemos nesse patamar. O máximo que fazemos é servir à arte, sem nenhuma falsa modéstia. Somos fazedores de coisas. A coisa artística está lá, é o resultado do que fazemos, mas não somos nós. E se é verdade que se não houver quem faça coisas não há chance de haver arte, o contrário também é correto: se imaginarmos que os artistas somos nós, então nada fazemos, e o que sobra como saldo final é a pura essência de um nada sem recheio nem forma.


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