segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Leio no jornal que um certo ator se interessou pelo 'mocinho' da vez - o mesmo papel de sempre da teledramaturgia - porque o personagem 'é real', como nós o somos também. Pois comigo é o inverso: papel bom é aquele que só existe para figurar debaixo da moldura do impossível, que veste roupas impossíveis, que fala coisas impossíveis de serem ouvidas nas esquinas da vida, que é grande demais para caber nas ruas, que pesa toneladas e mais toneladas ao ser carregado. Essa é a diferença essencial entre o teatro e a TV: o primeiro gosta de poesia, o segundo adora o Ibope.


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