quinta-feira, 5 de junho de 2014

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Se escrevo é mais para saber que escrevo do que para desejar ser lido. Os escritores de ofício, coisa que evidentemente não sou, deveriam ser como os atores, almejar esquecimentos. Nada me tira da cabeça que os grandes gênios da literatura o são menos pelas obras primas que chegaram até nós, e mais por tudo aquilo que foi produzido e se perdeu, sumindo para sempre. Há qualquer magia especial nesse egoísmo autossuficiente que preserva o mistério sem nunca desejar compartilhá-lo. 

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