Cada personagem aparece como um bloco enrijecedor daquilo que já nasceu limitado por sua rigidez natural, ou seja, o próprio corpo. É como se a personagem surgisse para dobrar a dificuldade de existir, multiplicando as engrenagens em dois: aquela inerente ao intérprete, e a outra, ficcional, forjada por sobre essa.
- Não há nada de orgânico, de libertador. É tudo absolutamente artificial, enclausurador. Mas há aqui também uma liberdade, talvez uma liberdade mais essencial, poética. É-se mais livre na medida em que se reconhece tais fronteiras que o limitam a ser outro senão aquele que é moldado, e moldável.
...
...
Nenhum comentário:
Postar um comentário