sábado, 11 de abril de 2015

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Cada personagem aparece como um bloco enrijecedor daquilo que já nasceu limitado por sua rigidez natural, ou seja, o próprio corpo. É como se a personagem surgisse para dobrar a dificuldade de existir, multiplicando as engrenagens em dois: aquela inerente ao intérprete, e a outra, ficcional, forjada por sobre essa.
- Não há nada de orgânico, de libertador. É tudo absolutamente artificial, enclausurador. Mas há aqui também uma liberdade, talvez uma liberdade mais essencial, poética. É-se mais livre na medida em que se reconhece tais fronteiras que o limitam a ser outro senão aquele que é moldado, e moldável.


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