quinta-feira, 21 de agosto de 2014

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Não há perigo maior para um artista do que esse ímpeto por formar turmas, guetos, clubes onde possa habitar uma certa solidariedade coletiva. Há obrigatoriamente dentro do artista uma grande dose de insatisfação sobre a vida e tudo o que compete a ela, coisa que só pode germinar na solidão. E é esse campo de semeadura interno, da revolta e incredulidade sobre o que acontece no mundo ao seu redor, que faz do artista um artista. Sua obra não é uma necessidade de comunicação - isso os jornalistas e pregoeiros públicos dão mais do que conta -, mas o resultado de uma urgência impossível de reter. Há ferocidade no artista, não essa candura  típica dos que representam classes, bandos, amigos e etc...

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