domingo, 17 de março de 2019

Oswald de Andrade é o nosso verdadeiro Stanislavski.
Machado de Assis é o nosso Shakespeare. Memória emotiva é o escambau! Ou só se for a lembrança imediata de haver comido o vizinho ao palitar os dentes arrancando um naco enorme de carne. Somos antropófagos assumidos (delícia!), nunca psicoterapeutas do abstrato. Nosso Shakespeare é o Bruxo da pena da galhofa! O cínico, o irônico, o melancólico... Tudo junto e misturado. O Teatro moderno nasce com Machado, e nas páginas, não no palco. Subvertemos até as ribaltas ao iluminar o invisível da entrelinha... e tornamo-nos devassos! Graças a Dionísio nosso Laurence Olivier é mulher, é Dercy Gonçalves! Quarta parede é o escambau!, o lance é mostrar a xereca, falar alto, estar em cena como quem se equilibra no fio. Nosso teatro é maravilhoso e não comporta essa gende azeda e verde do sentimento sentimental, messiânicos do Deus invisível, arautos de coisa nenhuma! Um viva aos urdimentos concretos e FALSOS DO TEATRO! Aqui ninguém cresceu, patinamos na primeira infância... E GRAÇAS A DIONÍSIO! Graças a Oswald! A Machado! O mundo é uma opereta bufa... Tupy or Not Tupy, that is the question! Lugar-de-fala é o escambau! Aqui é carnaval! Meu reino por um cocar de índio! Pinto a cara de qual cor quiser! Sou Cis-Camaleônico, nipônico, hidropônico!


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